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quarta-feira, janeiro 23, 2013

A VIDA

 
Creio que todos gostaríamos de saber como viver correctamente, como funciona a vida, como conduzi-la bem, como levá-la a bom porto, sentindo-se bem consigo mesmo. Antes de morrer, o grande actor Gary Grant deixou à sua filha Jennifer uma comevedora carta de despedida. Quis transmitir-lhe através dela algumas recomendações adicionais para o caminho. «Amadíssima Jennifer», escreveu, «vive a tua vida plenamente, sem egoísmo. Sê comedida, respeita o esforço alheio. Esforça-te por conseguir o melhor e o que é de bom gosto. Cultiva a clareza de pensamento e a pureza de comportamento». E um pouco mais à frente: «Dá graças pelo rosto das pessoas boas e pelo doce amor que brilha nos seus olhos... pelas flores que dançam ao vento...  Um breve sono, e despertai para a eternidade. Se não despertar, como nós o entendemos, continuarei assim mesmo a viver em ti, amadíssima filha». De certa forma, soa a católico.
 
Em todo o caso, é uma carta lindissima. Se era católico ou não, ignoro-o. É certamente a expressão de alguém que se tornou sábio e que recebeu o sentido do bem e que tenta transmiti-lo, além do mais, com uma maravilhosa afabilidade.

terça-feira, janeiro 08, 2013

QUANDO FALTA O CARINHO!

"No equilíbrio entre a paixão e a razão, surge o amor..."

Está provado pela ciência que o bebê em desenvolvimento no útero materno absorve tudo que ocorre à sua volta, principalmente os sentimentos da mãe - e do pai - em relação a ele próprio. Sentimentos que podem ser traduzidos na forma como essa criança será recebida quando nascer. Exemplo: se foi uma gravidez desejada, a tendência é gerar nos pais bons sentimentos, ao contrário de quando a gravidez for indesejada.

No entanto, o efeito "esponja" não cessa na fase intrauterina, mas permanece após o nascimento do bebê a agir na relação entre pais e filhos. E o resultado desse relacionamento se manifestará mais tarde em forma de comportamento.

Quando falta o afeto necessário na fase infantil, a criança desenvolve-se com um déficit de amor que repercute em seu psiquismo provocando-lhe o surgimento de desequilíbrios na área da afetividade. Alguns casos de depressão na fase adulta, que escondem sentimentos de rejeição e abandono devido à baixa autoestima da pessoa, são típicos da falta de atenção e carinho na infância.

Muitos casos de crises ou separações de casais, refletem a frustração de experiências em que o inconsciente de ambos não foi contemplado com a necessidade de afeto transferido da figura materna ou paterna para o parceiro ou parceira, ou seja, permanece o déficit de amor a fustigar o indivíduo e a provocar-lhe decepções em suas experiências amorosas...

O amor compreendido como afeto, paixão, carinho, atenção, respeito e responsabilidade com o outrem, é a energia que alimenta as relações afetivas. Sem esse "alimento" desde a fase intrauterina do ser, torna-se difícil o futuro adulto atingir um nível de relação afetiva que o direcione à felicidade possível com a sua companheira ou companheiro.

Contudo, o diálogo, principalmente em momentos de crise na relação, pode ser o início de um processo em que a superação, isto é, a necessidade de tornarem-se (mais) carinhosos um com o outro, seja a saída de que o casal precisa para preservar o relacionamento e o amor que ainda resta. E tornar-se carinhoso é uma condição que se aprende com a prática da afetividade nas relações, que independe do nível intelectual, social ou do tempo de duração do relacionamento. Mas fundamentalmente, do diálogo, da conscientização e do exercício diário do afeto mútuo...

Nesse sentido, o amor responsável é uma energia que pode alterar um padrão comportamental que trazemos de vidas passadas e que apresenta em seu histórico uma considerável perda. É por intermédio da educação que podemos alterar para melhor esse padrão, assim como nas relações afetivas do adulto, quando o vazio de amor pode ser preenchido de uma forma transferencial - e compensatória para ambos - através da troca de carinho diário entre indivíduos associados a uma proposta de crescimento mútuo.

Quando falta o carinho nas relações afetivas, esse importante ingrediente pode surgir com a alteração do nível de autoconhecimento provocado pela psicoterapia individual ou de casais. Mas como vimos anteriormente, a troca de afeto pode realizar-se também pela superação, que é a saída mais econômica na tentativa de resgatar ou preservar o amor que ainda alimenta uma relação.

Somos seres dependentes de amor. Energia que ao ligar elos multidimensionais da natureza humana, expande a sua harmonia pelo universo. Portanto, aproveitemos essa energia para resgatarmos - ou renovarmos - o que encontra-se perdido ou em processo de desgaste, porque para o amor sempre existe uma nova chance de buscarmos o reequilíbrio - ou o reencontro - nas relações de nível afetivo.