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quarta-feira, fevereiro 23, 2011

MÁGOA DO PASSADO


Hoje dei comigo a pensar no meu passado, nem sei bem porquê, nem para quê, coisa boa não deve ser. Possivelmente por estar mais sensível pois tenho ambas as filhas doentes e eu própria tb não estou muito bem da minha garganta, poderá ser por isso como tb poderá por outra coisa qualquer, apenas porque sim. Se calhar por o ser humano ser mesmo assim; instável, com mudanças de humor, ora um dia bem, ora um dia menos bem. Quem sabe se eu não estarei numa dessas fases? Quando estas fases surgem dou por mim a pensar, a pensar para trás e não para a frente que era para onde eu deveria olhar. Olho para trás e vejo tristeza, dor, as pessoas em quem mais confiei foram realmente aquelas que mais me magoaram, ironia não é? Nunca apenas somos magoados, também magoamos mas o problema é que por mais que eu tente perdoar para conseguir ter paz comigo mesma não consigo, não sou aquela boazinha que toda a gente julga que sou. Quando as pessoas me ferem criam-se fendas em mim que jamais saram, eu achava que agora, nesta altura da vida, aos meus 42 anos, eu devia ter aprendido com o que me ensinaram, com o que aprendi quando miuda ia à missa na altura em que andava nos escuteiros, na altura em que andava na catequese e me falavam de Deus, sim nessas alturas eu ouvia muito a palavra perdoar. Se tento, tento passar as coisas para trás das costas. Tb magoei alguém, algures, em algum lugar, não sou melhor nem pior que os outros, andarei lado a lado com as pessoas, nunca à frente nem atrás mas existem situações que me espetaram o coração e essas coisas, coisas da vida, para uns normais, para outros coisas do dia a dia, para mim e após o tempo que eventualmente tenha passado, ainda doem, ainda fazem chorar, ainda me fazem pensar que existem pessoas que não valem a pena, mas como saber isso? Como destinguir as pessoas umas das outras?
Normalmente ando bem, normalmente tento não pensar muito sobre a minha vida e sobre as pessoas que vieram, passaram e na sua maioria não ficaram... mas existem volta e meia momentos destes, não é? Isto acontece com a maioria dos simples mortais, certo? Isto tudo que escrevo não é para ti, nem para ti, nem mesmo para ti... é simplesmente para mim e um dia, ler o que escrevi neste dia em que estava mais vulnerável. Em que chorei por tudo e por nada, em que me debati constantemente por achar-me egoista ao ponto de ter a vida boa que tenho e achar que ela não é nada boa, como é possível eu sentir-me assim? Não é justo para os que realmente têm grandes dificuldades e vidas dificeis. Mas hoje, logo hoje, não estou a conseguir... apenas me vêm à cabeça aqueles que outrora, longe ou perto de alguma forma me espetaram no peito.
 
Um dia escrevo sobre o que cada um deles fez*****, não para ti, nem para ti, nem para ti... apenas e simplesmente para mim. 

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