Hoje dei comigo a pensar no meu passado, nem sei bem porquê, nem para quê, coisa boa não deve ser. Possivelmente por estar mais sensível pois tenho ambas as filhas doentes e eu própria tb não estou muito bem da minha garganta, poderá ser por isso como tb poderá por outra coisa qualquer, apenas porque sim. Se calhar por o ser humano ser mesmo assim; instável, com mudanças de humor, ora um dia bem, ora um dia menos bem. Quem sabe se eu não estarei numa dessas fases? Quando estas fases surgem dou por mim a pensar, a pensar para trás e não para a frente que era para onde eu deveria olhar. Olho para trás e vejo tristeza, dor, as pessoas em quem mais confiei foram realmente aquelas que mais me magoaram, ironia não é? Nunca apenas somos magoados, também magoamos mas o problema é que por mais que eu tente perdoar para conseguir ter paz comigo mesma não consigo, não sou aquela boazinha que toda a gente julga que sou. Quando as pessoas me ferem criam-se fendas em mim que jamais saram, eu achava que agora, nesta altura da vida, aos meus 42 anos, eu devia ter aprendido com o que me ensinaram, com o que aprendi quando miuda ia à missa na altura em que andava nos escuteiros, na altura em que andava na catequese e me falavam de Deus, sim nessas alturas eu ouvia muito a palavra perdoar. Se tento, tento passar as coisas para trás das costas. Tb magoei alguém, algures, em algum lugar, não sou melhor nem pior que os outros, andarei lado a lado com as pessoas, nunca à frente nem atrás mas existem situações que me espetaram o coração e essas coisas, coisas da vida, para uns normais, para outros coisas do dia a dia, para mim e após o tempo que eventualmente tenha passado, ainda doem, ainda fazem chorar, ainda me fazem pensar que existem pessoas que não valem a pena, mas como saber isso? Como destinguir as pessoas umas das outras?
Um dia escrevo sobre o que cada um deles fez*****, não para ti, nem para ti, nem para ti... apenas e simplesmente para mim.
Sem comentários:
Enviar um comentário