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sexta-feira, julho 03, 2009

SILÊNCIO

Silêncio, nostalgia...
Hora morta, desforrada,
sem dor, sem alegria,
pelo tempo abandonada.


Luz de Outono, fria, fria...
Hora inútil e sombria
de abandono.
Não sei se é tédio, sono,
silêncio ou nostalgia.
Interminável dia...


De indizíveis cansaços,
de funda melancolia.
Sem rumo
para os meus passos,
para que servem meus braços,
nesta hora fria, fria?


Fernanda de Castro in "Trinta e Nove Poemas"





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