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segunda-feira, setembro 05, 2011

SABER ESTAR SÓZINHO

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio.
As relações afetivas também estão a passar por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.
O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos...
Individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer!
O amor romântico diz que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.
Muitas vezes acontece a despersonalização quase sempre da mulher.
Ela se abandona para se amalgamar ao homem.
A palavra de ordem deste século é parceria.
Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo.
Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas.
Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras.
O homem é um animal que vai mudando o mundo e depois tem de ir se reciclando para se adaptar ao mundo que fabricou.
Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo.
O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.
Quer a aproximação de dois inteiros e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade.
Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.
A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.
Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado.
Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força.
Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo.
Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável.
Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.
Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém.
Algumas vezes, você tem de aprender a perdoar a si mesmo...

1 comentário:

  1. Excelente, partilho e estou em sintonia com este caminho.

    Amor não é um caminho de satisfação, mas de transformação e realização. Hans Burky ensinou que “mais da mesma coisa deixa-nos no mesmo lugar”. Por outras palavras, quando um relacionamento não estiver a ser satisfatório, não se muda o parceiro ou parceira: muda-se o relacionamento. Finalmente, lembrem-se que o amor não é um episódio, mas uma caminho comum. Ele não acontece numa relação superficial, esporádica, virtual, meramente física, mas num relacionamento de proximidade que conduz à intimidade, em direcção à profundidade do ser que ama.
    O amor líquido é uma falsificação do amor sólido. A sociedade líquida está iludida. Carece de gente que viva relacionamentos de “amor sólido”, para que conheça a verdade e seja liberta da sua ilusão.

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